Sílvio se aproximou dela, inclinando-se como se fosse pegá-la no colo. Lúcia lançou-lhe um olhar de advertência:
— Nem pense nisso.
— Nem movi um dedo. Só ia te carregar para tomar banho. Ou você ainda tem forças para ir sozinha?
A verdade é que ela não tinha. A intensidade dos momentos anteriores a deixara completamente exausta.
Sílvio curvou os lábios num sorriso satisfeito e, sem pedir mais permissão, abaixou-se e a pegou nos braços com firmeza. Caminhou a passos rápidos até o banheiro. Lá, abriu a torneira da banheira, deixando a água correr enquanto testava a temperatura com a mão. Quando achou que estava ideal, começou a cuidar dela.
O olhar dele era quente, intenso. E nada sutil.
Sob o escrutínio de Sílvio, Lúcia sentiu o rosto queimar. Não era a primeira vez que estavam juntos desse jeito, mas a sensação de estar tão vulnerável, tão próxima dele, ainda a deixava desconfortável. Nervosa. Suas mãos começavam a suar, seu coração batia descompassado.
Talvez fosse isso que significa