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A Companheira Real Rejeitada

A Companheira Real RejeitadaPT

Cuento corto · Cuentos Cortos
Crystal K  Completo
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Resumen
Índice

Fui o segredo do Alfa Adrian por oito anos. Foi preciso o aniversário centenário de seu avô para que ele finalmente nos trouxesse, a mim e ao nosso filho, Gale, de volta à alcateia. Ele jurou que os Anciãos da alcateia finalmente nos haviam dado sua bênção. Nosso filho, radiante de empolgação, pulava na cama, segurando a medalha de campeão do torneio juvenil de lutas. Ele lutara com todas as forças para conquistá-la, só para fazer seu pai se orgulhar. Mas, no momento em que pisamos no terreno da Mansão Blackwood, nós o vimos. Adrian, com os braços ao redor de uma loba loira, beijando-a profundamente. Adrian a apresentou com um sorriso. — Minha companheira, Sophia. Nosso filho, Gale, correu na direção dele, apontando o dedo para a marca de mordida aparentemente perfeita em meu pescoço. — Essa é a marca que papai deu à mamãe! Todo mundo vê isso! Mas o Ancião da alcateia se adiantou. Após um olhar rápido, esboçou um sorriso frio. — Um truque astuto de magia sanguínea. — Disse, com desdém. — Ela pode imitar um cheiro, mas não tem a conexão profunda da verdadeira marca de companheira. Qualquer lobo experiente consegue ver isso. Virei-me para Adrian, meu corpo rígido como uma pedra. Ele se afastou de mim, acariciando gentilmente a verdadeira marca no pescoço de Sophia, que brilhava com uma luz prateada, como a luz da lua. — A Alcateia Blackwood não aceitará um meio-sangue que não consegue sequer se transformar. — Disse ele. — A única que merece estar ao meu lado é Sophia. Olhei para ele, e uma risada amarga escapou dos meus lábios. Como pude reprimir meu próprio sangue real de Alfa por um homem como este?

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Capítulo 1

Capítulo 1

Fui o segredo do Alfa Adrian por oito anos.

Foi só quando o vi beijando seu primeiro amor que descobri que a marca de companheiro que ele me deu era falsa.

Toquei minha nuca em descrença.

— Oito anos! Você mentiu para mim durante oito anos inteiros?!

Os olhares de todos estavam sobre mim, mas eu só conseguia ver o rosto impassível de Adrian.

O rosto que eu havia beijado incontáveis vezes, aquele com quem eu achava que passaria o resto da minha vida.

— O que é isso, então? — Rasguei a gola da blusa, revelando a delicada marca de mordida em forma de crescente. — Que diabos é isso?

— Não faça cena, Elena. — A voz de Adrian estava assustadoramente calma.

"Fazer cena?"

Um suspiro de descrença escapou dos meus lábios e eu cambaleei para trás.

Durante oito anos, eu havia suprimido meu próprio sangue real de Alfa, rejeitado uma carreira que sempre sonhei e me afastado dos meus amigos, tudo porque ele insistia, "Não é o momento certo."

— Eu é que estou fazendo cena? — Minha voz tremia. — Você é quem me fez de idiota!

Andei na direção dele, em busca de uma explicação, precisando que ele dissesse que tudo aquilo era um mal-entendido.

Mas Adrian me empurrou para longe, com um toque frio e desprezível.

Como se estivesse empurrando uma estranha, um incômodo.

— Já chega. Está na hora de você ir embora.

Aquele empurrão foi mais cruel do que qualquer palavra.

Os sussurros ao nosso redor explodiram em um turbilhão de murmúrios.

— Pobre mulher. Usada como substituta e nem sabia.

— Será que ela realmente achava que a Alcateia Blackwood queria uma estrangeira como sua Luna?

— Olha a criança. Não é sangue puro. É só um vira-lata.

Cada palavra foi uma faca, girando em meu coração.

— Adrian, por favor, me diga que isso não é real. — Minha voz quebrou em um soluço. — Temos o Gale. Somos uma família!

— Uma família? — Sophia falou de repente, com uma voz doce e repulsiva. Ela se colocou na minha frente, exibindo um sorriso vitorioso no rosto. — Querida Elena, ainda não percebeu?

Ela acariciou a verdadeira marca em seu pescoço, a que brilhava com uma luz prateada.

— Aquela bijuteria no seu pescoço. — Disse ela, apontando para mim com uma unha perfeitamente cuidada. — Custou cem mil dólares. Adrian a comprou de uma bruxa decadente.

— Foi forjada em um ritual de lua cheia usando o sangue de Adrian. Ela não imita apenas o cheiro da marca; seu verdadeiro propósito era nublar seus sentidos e entorpecer seus instintos, aprisionando você em uma ilusão de amor.

Cem mil dólares.

Ele gastou cem mil dólares para construir a mentira perfeita.

— Você viveu nessa mentira por oito anos. — O sorriso de Sophia se alargou. — Todo o círculo íntimo da alcateia sabia a verdade. Você foi a única tola mantida na escuridão.

Ela levantou o queixo com arrogância. — Veja a diferença? Uma verdadeira marca pulsa com o batimento cardíaco, brilha suavemente quando o companheiro está por perto. E a sua? Não é nada mais do que uma cicatriz deixada pela magia morta.

Minhas pernas começaram a ceder.

— Não... isso é impossível...

— Mamãe? — A voz tímida de Gale cortou o barulho. Ele estava segurando a medalha, seu pequeno rosto pálido. — O que o papai disse... é verdade? A marca é falsa?

Ele andou cautelosamente em direção a Adrian, olhando para o Alfa que ele chamava de "papai" há oito anos.

— Papai, me diga que não é verdade. — Os olhos de Gale estavam cheios de esperança, com a confiança pura e inocente que uma criança deposita no pai.

Adrian olhou para ele, seus olhos vazios de qualquer traço de calor.

— Solte. — Ele sacudiu bruscamente a pequena mão que segurava sua calça.

Gale tropeçou para trás, seu pequeno corpo batendo forte em uma coluna de pedra gelada.

— Ah! — O garoto gritou de dor.

A medalha caiu no chão com um barulho metálico.

Aquela medalha era a prova de como ele era incrível, uma prova de que ele a conquistara treinando por três meses, até competindo com o braço machucado, tudo para que seu "papai" o visse brilhar.

Sophia se aproximou com seus saltos altos.

Ela olhou para a medalha dourada no chão e, então, com uma lentidão deliberada e cruel, colocou o salto sobre ela e a esmagou.

Um estalo agudo ecoou enquanto a medalha se partia ao meio.

— Pequenino vira-lata. — Ela zombou. — Você nunca será digno da Alcateia Blackwood.

Ela esfregou a medalha quebrada sob o salto, seus olhos brilhando com malícia. — Assim como sua mãe. Ambos, impostores sem vergonha.

— Não! — Gale gritou, se arrastando para pegá-la. — Essa é minha!

Ver meu filho sendo humilhado assim fez algo dentro de mim se romper.

Eu me lancei para protegê-lo.

Mas antes que eu pudesse alcançá-lo, uma mão fria se prendeu no meu ombro.
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