Quando Nelson abriu a porta, deu uma olhada pelo corredor, se certificando de que não havia mais ninguém antes de deixar Liliane entrar.
Liliane se acomodou na cadeira. Nelson a avaliou com um olhar penetrante.
- Você disse que trouxe algo para mim, cadê? - Perguntou Nelson.
- Oh, esqueci no carro. - Inventou Liliane rapidamente.
- E o dinheiro? - Questionou Nelson, desconfiado.
- O dinheiro eu posso te dar. - Disse Liliane, elevando o olhar e encarando Nelson com frieza. - Mas há algo que eu espero que você me conte a verdade.
O semblante de Nelson escureceu.
- Eu não sei de nada, não venha me interrogar! - Respondeu Nelson, com um tom hostil.
- Você ousaria jurar pela alma da minha mãe no paraíso que não conspirou contra mim com outras pessoas? Se ousar! Hoje, te darei vinte mil reais. Se não, então você é culpado! - Desafiou Liliane, com raiva nos olhos.
Os olhos de Nelson se arregalaram ao ouvir isso.
- Liliane! Você realmente fala assim comigo? Você, que se rebaixa a ser amante