Mas a porra da raiva continuava queimando dentro de mim. Uma ira infeliz que parecia não ter fim. Senti meu peito apertar, meu maxilar travar e um gosto amargo subir na garganta. Eu precisava extravasar, precisava aliviar essa tensão antes que fizesse alguma merda. Levantei de uma vez, saí da minha sala e fui direto para fora da boca. Assim que cheguei na rua, segui até minha moto, subi nela e a liguei com um giro forte no acelerador. O barulho do motor ecoou alto, cortando o silêncio da manhã. Acelerei, descendo o morro, sem um destino muito definido. Só precisava respirar longe dali. E eu já sabia onde conseguiria aliviar essa merda toda. Cristina.
Ela morava ali perto, então não demorei a chegar. Assim que parei em frente à casa dela, antes mesmo de bater na porta, a mulher apareceu, já sabendo o que eu queria. Um sorriso provocante curvou seus lábios antes de me puxar para dentro, sem rodeios. Seguimos direto para o quarto. Sem conversa, sem enrolação. Peguei ela ali mesmo, do jei