Capítulo 14

CATERINE

Quando eu soube que havia perdido o meu bebê, foi como se tivesse em uma queda sem fim. Minha mente foi para um lugar estranho onde eu ouvia os sons abafados e enxergava tudo embaçado. Eu não sentia nada. Não conseguia e nem queria sentir nada. A dormência era melhor. Afastava a dor, afastava a raiva.

Afastava a revolta.

Consegui não sentir o toque, bloqueei o frio, a fome, até mesmo as dores físicas. Sabia que estava sendo alimentada, meu marido me dava banho e andava comigo em seus braços como se eu fosse uma criança e me levava até a janela, lá ele me dava comida, sempre preparava os meus pratos favoritos, tentava conversar comigo sobre qualquer coisa e depois implorava para que eu falasse com ele.

Em algum lugar na minha mente, eu acho que pedia perdão a ele. Por não poder encará-lo, não conseguir forças para voltar, por ter de

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