Débora
Ela deslizou as mãos por sua barriga e ficou em dúvida se seu estômago avantajado era o bebê desenvolvendo ou apenas gordura.
O espelho grande pegava o seu corpo todo, onde podia ver uma lista de suas maiores inseguranças. O bumbum e coxas e marcado por listras brancas, das quais Ângelo ama brincar.
Alguns dias ela acordava e se sentia muito gostosa, outros como hoje: enorme e feia.
Estava deprimida, e não tem uma razão boa pra isso, ela só se viu no espelho e não gostou. Geralmente ela não dava espaço, mas dias como hoje, eles viam carregados e fazem lembrar de tia Sônia.
Quando pensa em maldade, tia Sônia aparece sem esforço. Ela a criou, porque seus pais não tinham tempo pra outra.
A mãe era uma alcoólatra, que nunca esteve sóbria para cuidar de uma criança e o pai... bom, não sabe. Deve estar em algum lugar do mundo, apenas o viu quatro vezes em toda sua vida.
A tia ficou com a responsabilidade de cuidar dela e o fez muito ruim. Era bruta para uma mulher, e com nenhuma