Capítulo 101
Na manhã seguinte, Gabriel estava no escritório, imerso em papéis e e-mails, tentando colocar em ordem as pendências acumuladas nos últimos dias. O silêncio do casarão era quebrado apenas pelo som do vento que balançava as árvores do lado de fora. Ele suspirou, ajeitando-se na cadeira, quando o celular começou a vibrar sobre a mesa.
Ao olhar o visor, franziu o cenho ao reconhecer o número do detetive particular que contratara semanas atrás para investigar os problemas de Marcos.
— Detetive? — atendeu, com a voz firme, mas a preocupação evidente.
— Senhor Monteiro, bom dia. Preciso conversar com o senhor com urgência. É algo que não posso tratar por telefone.
Gabriel se inclinou na cadeira, apertando o celular contra o ouvido.
— Do que se trata? É sobre o meu filho?
— Sim, senhor. E outras situações relacionadas. É de extrema importância que tenhamos essa conversa pessoalmente. Preciso olhar nos seus olhos e mostrar todas as provas. Não é algo simples.
O coração de Gabriel