GEORGINA HILLS
Hoje é o meu primeiro dia de trabalho. Estou de pé em frente da vossa casa. Ontem esqueci-me de lhe perguntar uma coisa. Tenho de lhe perguntar agora, senão continuarei a pensar nisso quando ela estiver perto de mim.
Apertei a campainha da porta e uma senhora abriu a porta.
—Sim. Quem é você? —, perguntou ela.
— Estou aqui para tomar conta do filho do Senhor. Manson. Ele nomeou-me.
—Oh, sim! Ele disse-me ontem à noite. Entre.
Assim que entrei, a minha boca abriu-se. Tinha tanta pressa nesse dia, que não me apercebi da beleza desta casa.
—Por favor, espere aqui. Vou chamar o mestre.
Acenei com um sorriso. Ela subiu as escadas e voltou após alguns minutos.
—Sir já partiu para o trabalho.
—Bem... Qual é o seu nome? — perguntei eu.
—Eu sou Ana. E você?
—Georgina Hills. Mas podes chamar-me Georgina.
—OK, Georgina.
—Podes mostrar-me o quarto do rapaz e, oh, já me esqueci qual é o seu nome?
—O seu nome é Rigoberto. E vem e segue-me, vou mostrar-te o seu quarto.
Segui-a até onde ela me levava.
—Mas Georgina, penso que não terá muito trabalho a fazer porque ele é muito calado e só fica com ele. Ele não tem amigos, nada. Terá um tutor que virá cá a casa e o ensinará todos os dias. O mestre arranjou-o para ele—. Eu acenei com a cabeça. —Aqui estamos nós. Este é o quarto do Rigoberto.
—Obrigado.— Ele sorriu e foi-se embora.
Abri a porta e entrei.
Uau! Este quarto é tão bonito.
Procurei o rapaz. Finalmente, encontrei-o sentado no canto da sala e a brincar com alguns carros.
Acho que ele não estava consciente da minha presença. Limpei a minha garganta para chamar a sua atenção.
Ainda nada.
—Hi, eu sou Georgina Hills. O seu pai contratou-me como sua ama.
Ainda sem resposta. Ele fingiu que eu não estava em lado nenhum na sala.
Eu suspirei e fui ter com ele. Ajoelhei-me à sua frente. Olhei para ele.
Ele é tão bonito. Oh, Deus! Aquelas bochechas, aqueles olhos.
—Olá. Qual é o seu nome? —perguntei eu.
—Rigoberto—. Finalmente ele disse.
Deus! Essa voz. É a definição perfeita de ternura.
— Então Rigoberto quer que eu brinque contigo. Posso brincar contigo?
Ele abanou a cabeça e concentrou-se nos seus carros.
—Queres ir para o jardim?
Ele abanou a cabeça novamente.
Qual é o problema dele? Ele está a ser mal-educado.
Levantei-me, caminhei até à cadeira e sentei-me ali. Sentei-me e vi-o tocar.
Este trabalho é muito aborrecido.
Depois pensei porque não procurar um apartamento alugado. Peguei no meu telefone e comecei a procurar um apartamento. Finalmente. Numa hora de procura encontrei um que é um pouco barato e também bom. Acho que isto pode funcionar. Mas tenho de o confirmar com a Amanda. Espero que ela goste.
Depois olhei para Rigoberto, que ainda estava a tocar.
Ele deve estar com fome. Eu também estou com fome.
Levantei-me e perguntei-lhe:
—Tens fome? Queres que eu te traga alguma coisa?
Mais uma vez, ele abanou a cabeça.
UGH! Este rapaz.
Depois ouvi o seu estômago a rosnar.
Alguém está com fome, mas ele continua a mentir.
—Eu vou buscar algo para si.
Desci as escadas para lhe ir buscar comida. Fui até à cozinha. Vi a Ana a trabalhar na cozinha.
—Posso usar a cozinha, por favor? Tive de fazer algo pelo Rigoberto.
—Oh querido, esse não é o teu trabalho. É meu e o mestre deu-me instruções estritas para fazer comida para o Rigoberto.
—OK... então pode por favor fazer algo por Rigoberto? Ele está com fome.
—Ele disse-te isso? —Perguntou ela de surpresa.
—Bem, não exactamente, mas quando o seu estômago rosnou, eu percebi-o.
—Oh. Era o que eu estava a pensar, aquele miúdo não fala com ninguém. Ele está sempre sozinho—. Ele disse enquanto preparava a comida.
— E porquê? —Perguntei que estava realmente a ficar curioso sobre este miúdo.
—Não sei. Ele nunca diz nada. Ele só fica feliz quando o mestre está com ele e só ele fala com ele.
—Oh. —Quero mesmo saber a razão, mas quem me vai dizer.
Não tenho a coragem de perguntar ao Sr. Manson. A vergonha está a matar-me. Por falar em Rigoberto. Acho que ele próprio não me vai dizer.
De qualquer modo, não preciso de saber. Vou apenas fazer o meu trabalho e receber o meu salário para poder pagar a renda e eu e a Amanda podemos viver uma vida tranquila. Acho que não devia pensar tanto em Rigoberto.
-
Depois do longo e aborrecido dia em que fui para casa. Hoje não conheci o Sr. Manson nem uma única vez. Queria realmente perguntar-lhe algo, mas ele nunca apareceu, por isso como poderia eu fazer isso.
Amanda telefonou-me para jantar. Eu sentei-me na cadeira, ela serviu-me a comida e sentou-se à minha frente com a sua comida.
—Amanda Estava à procura de um apartamento e finalmente encontrei um. Acho que é muito bom—. Depois peguei no meu telefone e mostrei-lhe a fotografia. —Vejam, esta.
Ela olhou para ela com cuidado.
—Sim, é bom.
—A sério! gostou?
—Sim, Georgina, gostei.
—Oh, graças a Deus! Vou falar sobre isso amanhã antes de ir trabalhar.
—Georgina, lamento imenso. É por minha causa que estás a enfrentar tantos problemas.
—Amanda, pára de te culpares. Não é culpa tua. A propósito, falei-te do tipo que me levou a sua casa naquela noite?
—Deixa-me pensar. —Agiu como se estivesse ocupada nos seus pensamentos. Quando eu sabia muito bem que ela já sabia de que tipo estava a falar.
—Oh! Refere-se ao tipo a quem deu a sua virgindade?— Ela disse sorridente.
Eu olhei para ela e enfiei o meu garfo na mesa.
—Yeah, aquele gajo.
—Oh, isto vai ser divertido de ouvir. O que é que ele fez? Encontraste-o outra vez? Oh, Deus! O que é que ele disse? Não me digas que o voltaste a fazer. Usaste protecção?
—Amanda, podes parar? Não é nada disso. Na verdade, ele agora é o meu patrão.
—O quê? —chritou ela. —Ele o quê?
—Sim, ele é o meu patrão e podem imaginar que eu dormi com ele. Quer dizer, acho que dormi com ele.
—O que é que isso significa?
—Não me lembro de nada claramente, mas acho que o fizemos. Porque a última recordação que tenho é que o puxei e ele pôs-se em cima de mim. Não me lembro de nada depois disso —. Disse novamente tentando lembrar-me daquela noite.
—Puxaste-o para cima? M*****a Georgina, ficas excitada quando estás bêbeda e eu pensava que eras demasiado inocente para esse tipo de coisas.
Voltei a olhar para ela.
— Sabes o pior de tudo. Ela tem um filho. E isso também é muito bom.
—Oh não. Isso é muito triste. Mesmo assim, tente ter uma oportunidade com ele.
—O quê? Está louco? Não! Ele é o meu patrão.
—E então? Não leu os livros do patrão e da secretária? Oh Georgina, são tantos. Se isso for possível, então você e ele também podem ter uma oportunidade.
—Não sei porque é que te conto tudo. Só estás a piorar as coisas.
—Oh Georgina! Tu não és divertida. Imagina o quanto seria divertido se tu e ele começassem a namorar. Emocionante, excitante, amoroso. Meu Deus! Posso imaginá-lo agora mesmo.
—Amanda, ainda nem sequer o viste.
—Então, já descreveu as suas características. Posso imaginá-lo agora mesmo.
Gemi de frustração.
Depois continuou de novo com a sua imaginação.
—Não me aborreça quando estou ocupada com a minha imaginação, vamos continuar, então a sua vida vai tomar um rumo. Ficarão loucos de amor, depois não poderão viver sem ele, depois os dois casar-se-ão, depois terão filhos, depois outro filho e depois serão felizes para sempre.
Ela terminou com um grande sorriso no rosto. Eu olhei para ela em branco.
Ela está bêbeda?
Tenho de a levar ao médico?
Ela precisa de ir a um hospital psiquiátrico?
Levantei-me da minha cadeira e dei-lhe uma palmadinha no ombro.
— Acho que deve descansar um pouco.
—Pensa que estou a brincar.— Ele disse a sério.
—Pensas? Claro que sim. Ficaste louco.
—Um dia vais provar que tenho razão. Tenho muita certeza.
Eu virei os meus olhos.
— Nos teus sonhos.
—Por falar nisso, fiz as tuas bolachas favoritas, levei algumas para o trabalho amanhã. Talvez os possas comer no teu tempo livre.
—Ok.