- Calma, estou aqui... desculpe a demora – ela disse com a voz mais doce possível. — Meu anjo... olha para mim... estou aqui, você não está sozinha – continuou falando, tentando me acalmar, acariciava minhas costas e meus cabelos com as suas mãos delicadas.
- Ah, Sara, eu nem sei o que dizer... eles me acusaram de tantas coisas... fiquei com tanto medo que você acreditasse... perder sua amizade seria demais para mim – disse entre soluços e lágrimas, agarrada a ela. Seu abraço trazia conforto, era como se eu estivesse envolta em um casulo de proteção do qual não queria mais me libertar.
- Calma, sente-se aqui – disse me levando até o sofá – quer um chá? – perguntou.
- Sim...
- Vou na cozinha preparar, você comeu alguma coisa?
- Sim, não, talvez no almoço...
- Menina, são quase dez da noite! Vou preparar alguma coisa…
- Não precisa – disse em um fio de voz.
- Querida, temos muito o que conversar, mas primeiro você precisa se alimentar – disse como um coronel e eu fiquei quieta encolhid