92. Meu sangue

Riuk

O jato particular do meu pai aterrissa na pista privada às 22h47. Ninguém fala nada. O ar tá pesado, carregado de magia que nem é minha ainda.

Eu queria que fosse outra pessoa que descesse dali, mas não. É o que vai me tornar forte.

Eron quis vir, mas eu mandei ficar. Isso é comigo.

Então assim que a porta abre, um homem sai da aeronave. Capa preta com capuz, mesmo com o calor de Denver no verão. Alto, magro, mãos tatuadas com símbolos que brilham azul escuro quando a luz bate.

Ele puxa o capuz pra trás.

Rosto marcado por cicatrizes antigas, olhos de um violeta tão claro que parece branco. Cabelo grisalho preso num coque baixo. Idade? Impossível dizer. Pode ter 40 ou 400.

“Riuk Peyton,” ele diz, voz rouca, como se tivesse fumado pedra a vida inteira. “Eu sou Drevan. O último da linhagem Hamotap que não virou lixo como o Atlas.”

Eu travo.

“Você é parente dele?”

“Primo de terceiro grau,” ele responde, sem emoção. “O sangue que corre em mim corre nele. Mas eu escolhi outro caminho e
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