O estúdio da Agence Lumière fervilhava de gente quando Sophie chegou. Modelos em prova de figurino, maquiadores correndo de um lado a outro, assistentes carregando equipamentos. Tudo parecia seguir um ritmo frenético, mas organizado — o coração pulsante da moda parisiense.
Para qualquer um, aquele ambiente era fascinante, mas Sophie atravessava as portas com a sensação de estar dentro de uma bolha, como se todo o barulho estivesse abafado. Seus olhos procuraram automaticamente os rostos familiares. Nenhum perigo. Nenhum sinal de Leonardo. Mesmo assim, ela não conseguia respirar em paz.
— Sophie! Enfin! — a voz de Claire, a diretora de criação, ecoou, aliviada. — Pensei que não viria. Precisamos de você agora. A campanha da Maison D’Arcy não pode atrasar.
Sophie forçou um sorriso, ajustando a câmera nos ombros. — Estou pronta.
Mentira. Não estava. Mas a câmera era sua máscara, seu escudo. Quando olhava pelo visor, o mundo se reduzia a enquadramentos, luz e sombras. Ali, Leonardo não ex