- Sabe Daniel... - falei depois do que pareceu uma eternidade - eu não podia ter feito isso.
Ainda estávamos no carro, e depois do beijo, um silêncio constrangedor tomou conta do lugar.
- O quê? - ele perguntou meio distraído, mas a voz era doce e calma.
- Beijar você, e dizer que te amo... não foi certo.
- por quê? não é a verdade?
- é... e é esse o problema, nós não podemos continuar... eu não quero continuar.
- não quer? - ele me olhava confuso - Analu, explique isso direito!
- pra mim já deu, eu... tenho motivos que são meus, então apenas fique longe ok?
Eu finalmente tinha tomado a decisão certa, quando coloquei a mão na fechadura da porta, Daniel a travou e ligou o carro.
- Você não vai sair. - ele disse sorrindo, mas não era um sorriso de quem estava brincando,