Siena Dal
O plano de Clara era claro: fazer barulho. Mas o barulho, como Li Wei me explicou, tinha que ser coreografado com a precisão de um cirurgião. – Não podemos dar a eles um circo,– ele disse. – Temos que dar a eles um sussurro que todos queiram ouvir.
Então, o "jantar romântico" não foi em um restaurante com paredes de vidro. Foi em uma sala de jantar privada de um hotel discreto, um lugar conhecido por sua exclusividade e por proteger a identidade de seus clientes. A notícia não viria de fotos de paparazzi, mas de "fontes" anônimas que vazariam a informação para a imprensa. "Li Wei e a designer Siena Amoretti vistos em um jantar íntimo." Era mais sutil, mais misterioso e, segundo ele, muito mais eficaz.
Enquanto me arrumava, uma ansiedade diferente se instalou em meu peito. A ausência de câmeras não diminuía a tensão; pelo contrário, aumentava. Não haveria a desculpa de uma performance. Seríamos apenas nós dois, em uma sala, com a presença silenciosa de Kenji, seu amigo e segu