JOHN BACKER
Ela estava brincando comigo. Queria me fazer de idiota. Talvez estivesse acostumada a enfeitiçar os homens e a convence-los a fazer o que quiser. Mas o que poderia querer de um pobre miserável como eu?
Todas as vezes que nos encontrávamos, os beijos eram alucinantes, como nunca foi com nenhuma mulher, nem a mais experiente delas conseguiam mexer tanto comigo através de um beijo.
O problema é que nos últimos dias, passei a não saber mais diferenciar se o que eu sentia quando estava com ela eram coisas do coração ou do corpo, prefiro que seja do corpo mesmo, caso contrário meu primeiro amor parecia ter um fim trágico. A moça era amante e prostituta do meu patrão, um homem rico e pelo que via, um criminoso disfarçado.
Sobre ela não tinha certeza de nada, não sei se o que me fala é verdade, seu nome poderia não ser aquele, sua idade. Não sei nem mesmo onde ela mora! Essas coisas geralmente não deviam me importar, mas havia algo de muito errado comigo e com ela.
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