Bruno olhava nos olhos de Juliana e sorriu de leve no canto dos lábios.
— Você é minha esposa. Pode fazer o que quiser.
Desde o acidente de carro, ele vinha usando a desculpa da amnésia para se aproveitar discretamente de Juliana.
Ora a chamava de "amor", ora simplesmente de "Ju", alternando sem o menor constrangimento.
Até agora, ainda não tivera coragem de confessar toda a verdade.
Mas logo... Logo.
Juliana, pega de surpresa pelas palavras carinhosas, ficou sem reação.
De repente, sentiu o rosto e o corpo esquentarem, o coração batendo descompassado.
Apressada, desviou o olhar de Bruno, abriu um pouco o vidro do carro e deixou o vento frio bater no rosto, tentando acalmar o coração acelerado.
Bruno observava cada movimento, divertindo-se em silêncio.
Um sorriso de satisfação brilhou brevemente em seus olhos, desaparecendo antes que Juliana pudesse notar.
Decidiu agir com cautela.
Com um tom mais sério, propôs:
— Inauguraram um restaurante novo na zona rural. Que tal almoçarmos lá hoj