Juliana ficou sem palavras.
Bruno, com aquela memória embaralhada e seu jeito nobre e contido... Estava claramente desmoronando.
Ele a chamou de “amor” por mensagem e, mesmo sendo só um texto, na cabeça de Juliana soou como se tivesse escutado a voz dele em alto e bom som.
Por um momento, sua expressão perdeu a naturalidade.
Ainda nem tinha decidido o que responder, quando o celular começou a vibrar, Bruno estava fazendo uma chamada de vídeo.
Juliana trocou rapidamente para câmera traseira antes de atender.
A imagem balançou um pouco e, logo, o rosto pálido e bonito de Bruno apareceu na tela.
Dessa vez, Juliana estava mais calma. Depois da última experiência, já não se abalava tanto.
“Aquela cara… Acho que já estou imune”, pensou.
— Amor. — Disse ele, com a voz rouca e grave, que ecoou suavemente pela sala ampla.
Lá fora, o vento soprava forte, as ondas batiam com violência, e os arranha-céus cintilavam sob as luzes de neon.
Juliana ignorou o aperto estranho que sentiu no peito.
Respon