Bruno tinha uma silhueta esguia.
Com o paletó pendurado no braço e a franja ligeiramente bagunçada pelo vento, seus traços eram refinados, transmitindo um ar despreocupado e relaxado.
Paulo mantinha o rosto sério, evitando rir.
Afinal, ele fora o responsável por permitir o encontro entre Juliana e Bruno ali.
Um simples “Que coincidência” ...
Que engraçado.
Destino? Nada disso.
Era tudo parte de um plano bem arquitetado.
— Que coincidência. — Respondeu Juliana com naturalidade.
A conversa entre os dois parecia mais um diálogo entre humanos e máquinas.
Paulo achou divertido e pensou em ficar para observar mais um pouco, mas ao cruzar o olhar com Bruno, mudou de ideia.
Ficou quieto.
Deu uma leve tossida e disse:
— Acho que esqueci algo no restaurante. Vou lá pegar. Continuem conversando.
E saiu apressado.
Assim que ele foi embora, Juliana sentiu um leve constrangimento.
Pensou em inventar uma desculpa para sair, mas Bruno foi mais rápido e fez um pedido direto:
— Srta. Juliana, posso pe