Os primeiros raios do sol atravessavam o Véu, banhando o vilarejo em uma luz suave e iridescente. Era como se o próprio universo quisesse lembrar aos habitantes de sua vastidão e mistério. Apesar da tranquilidade aparente, os guardiões sabiam que o caos nunca dormia. A restauração do Véu havia trazido um equilíbrio momentâneo, mas suas almas carregavam cicatrizes invisíveis das batalhas recentes.
Celina acordou com um peso no peito. O som de sussurros a despertara no meio da noite, mas ela não conseguira entender suas palavras. Agora, enquanto caminhava pelas bordas do vilarejo, os cristais emitiam um som distinto, um murmúrio constante.
— Vocês ouviram isso? — perguntou ela, chamando Arian e Eshara.
— Não ouvi nada — disse Arian, franzindo a testa. — Mas sinto algo. O ar parece... mais denso.
Eshara colocou a mão sobre o coração, seus olhos se enchendo de uma luz suave. — O Véu está falando conosco, mas não em palavras. É como uma melodia distante, que ainda não conseguimos en