Angelica sempre foi uma pessoa reservada, não gostava de falar muito e evitava o contato com os outros, preferindo ficar sozinha. Ela parecia ser uma pessoa solitária, trabalhando no Grupo Nunes há quatro anos sem fazer nenhum amigo. A única pessoa com quem ela tinha mais contato era o Chris.
Durante o dia, Angelica era uma secretária habilidosa e competente, fazendo seu trabalho com facilidade. À noite, ela se tornava a ferramenta de alívio de Chris, uma amante que o satisfazia na cama em troca de dinheiro.
Às nove horas da manhã, Angelica chegou à porta do escritório do CEO e bateu na porta. Em seguida, ela entrou, empurrando a porta:
- Presidente Chris, alguns documentos para sua revisão. Às dez horas, há uma reunião de alto escalão. Ao meio-dia, você terá um almoço com o Presidente do Grupo Lorenzo. Às duas da tarde, o Presidente Sunny quer falar com você sobre...
Angelica falava lentamente, relatando a programação de Chris para o dia.
Após terminar o relatório, Angelica levantou os olhos e olhou para Chris. O olhar dele era gélido:
- Ok, você pode sair.
Angelica voltou para seu lugar do lado de fora e continuou seu dia de trabalho ocupado e monótono.
No final da tarde, Angelica, como todos os outros funcionários, arrumou suas coisas e saiu do trabalho. Ela aproveitou um momento para voltar para casa e entregou o cartão bancário de quinhentos mil à sua mãe, Iva Castro:
- Mãe, este é o último dinheiro que pude conseguir este mês. Pegue o dinheiro e pague as dívidas de jogo dele. No próximo mês, quando eu receber meu salário, pagarei as mensalidades da Dani, o tratamento médico. E então, alugaremos uma casa pequena para vocês para vocês fazerem algum pequeno negócio. Se lembre, não dê mais dinheiro para aquela pessoa!
Iva assentiu com a boca cheia.
No entanto, assim que Angelica deixou aquela casa de latas de alumínio improvisada, um lugar que mais parecia uma casinha de cachorro, ela recebeu uma ligação de Iva:
- Lica, seu pai foi sequestrado por algumas pessoas! Desculpe, Lica, foi minha culpa por não tomar conta do seu pai. Ele foi jogar de novo e pegou um empréstimo de agiotas. Oitocentos mil reais! Se não pagarmos o dinheiro, eles vão cortar os dedos do seu pai...
Iva chorava:
- Lica, agora só você pode salvar seu pai! Só quando juntarmos os oitocentos mil, poderemos trazê-lo de volta...
Isso não era a primeira vez.
Durante esses quatro anos, Angelica havia sido pressionada por dívidas, ajudando Carlos Santos a pagar suas dívidas de jogo uma e outra vez!
Angelica disse friamente:
- Estou sem dinheiro.
- Lica, você é a secretária-chefe da Grupo Nunes! Ao longo desses anos, você levou tanto dinheiro para casa! Não é possível que esteja sem dinheiro...
Angelica riu. Enquanto ria, as lágrimas começaram a escorrer. Ela perguntou suavemente à mulher chorando do outro lado:
- Mãe, talvez você já tenha adivinhado antes como eu consegui trazer esse dinheiro de volta!
Depois de um longo silêncio, Iva pediu desculpas:
- Desculpe, Lica...
Há 22 anos, Iva engravidou antes do casamento e deu à luz Angelica, cujo pai era desconhecido. E quando Angelica tinha dez anos, Iva se casou com Carlos.
Carlos era originalmente um cozinheiro, e depois de se casar com Iva, abriram um restaurante juntos. Ele era uma pessoa honesta, gentil e tratava bem tanto Iva quanto Angelica! Era definitivamente um bom marido e um bom pai!
Embora mais tarde Carlos e Iva tinham tido um filho chamado Daniel Santos, Carlos nunca tratou Angelica, que não era sua filha biológica, de forma diferente. Ele realmente a considerava como sua filha legítima, até mais querida do que seu próprio filho!
Essa família, embora não fosse rica, era feliz e acolhedora.
Mas tudo mudou há quatro anos...
Diante do choro e das súplicas de sua mãe, Angelica se forçou a ser cruel. No entanto, no final, ela cedeu novamente! Derrotada pelo amor familiar:
- Vou arranjar uma maneira de reunir mais trezentos mil. Não vou deixar nada acontecer a ele.
Mas naquela noite, Chris não apareceu.
Angelica ligou para Chris.
Em pouco tempo, a ligação foi atendida. A voz de Chris era fria, arrepiante até os ossos:
- O que houve?