Bianca
Estávamos a caminho da casa em Luanda, depois de duas horas inteiras de puro sermão, fui finalmente convencida a voltar para a casa.
Estava tonta, as minhas mãos tremiam no meu colo, a todo instante mentalizava o que iria dizer para aquela menina, qual a explicação que daria para ela sobre tudo.
Haviam sidos 4 longos anos, e não acreditada que um "oi filha, adivinha que está viva? Eu! quem quer pizza?" fosse resolver tudo.
- Ei...- ele sorriu de forma amigável me despertando dos meus devaneios. - Calma... Zola vai aceitar você... -
Encostei a cabeça no carro - espero que sim. - Pedia silenciosamente a Deus que não estivesse dormindo, grunhi com as mãos no rosto. - Grrhh... por favor, me diz que é real...-
Ele sorriu levemente com os olhos na estrada. - Eu peço a Deus que seja...- a sua mão segurou a minha de um jeito tão natural. Ele ainda usava a nossa aliança.
Toquei a joia com cuidado - ainda tem a sua... - suspirei.
- Eu nunca tirei do dedo...-
Suspirei olhando a paisagem