Daniel invadiu a sala feito um cavalo desembestado, empurrando Caio com violência e se plantando na minha frente, com os olhos faiscando de ódio.
— Você jurou que nunca tinha me traído, mas quem é esse cara então? Eu me matei de procurar por você, e te encontro aqui, morando com outro? Rafaela, cadê sua vergonha na cara? — Sua voz transbordava mágoa e acusação, cada palavra afiada como navalha.
Com semblante grave e ignorando a dor que latejava no braço, Caio se posicionou entre nós.
— Ela não te deve satisfação nenhuma, e você não tem direito de aparecer assim. Sai da minha casa agora! — Seu olhar cortante não desviou um segundo sequer enquanto encarava Daniel.
Cego de raiva, Daniel ergueu o punho e tentou golpear Caio, que num movimento rápido, agarrou seu pulso com firmeza, ambos travados numa disputa silenciosa de forças.
— Daniel, acha mesmo que jogar essa acusação de traição na minha cara vai te absolver? Está delirando! Fui enganada por você durante três anos, e em momento algum