Camily
Conhecer a família do Theo… foi como destrancar uma parte dele que até então eu só imaginava.
Ele é carinhoso porque é cercado do amor imenso da mãe, daquelas que abraçam até com o olhar.
É responsável porque desde que entrou para família viu o pai equilibrar com maestria a vida no hospital e a vida em casa, como se carregar o mundo nas costas fosse a coisa mais natural do mundo.
É protetor porque aprendeu que amar não é só dizer, é cuidar, é defender, é estar… aconteça o que acontecer.
Eles são assim. Uma força só. Um pelo outro. Sempre.
Claro que brigam,até com uma intensidade cômica, mas se algo ameaça um deles, todos se tornam muralhas.
“Família é isso”, me disse minha sogra,dona Maria Eduarda, com aquele sorriso que conforta até a alma.
É estranho… usar palavras como “namorado”… “sogra”… Mas não sei, aqui tudo parece tão certo, tão… meu.
— No que tá pensando, mocinha? — uma voz rouca, carismática, arranca minha mente do transe.
Quando viro, quase tropeço nas próprias perna