Levi Martinelli
Quando passo pelo quarto da nonna, uma voz ecoa baixo atrás de mim.
— Espero que tenha perdido a viagem.
Volto-me imediatamente dando de cara com a nonna.
— Só estava dando uma volta para relaxar — digo cínico. — Já estou voltando para o quarto.
— Sei! E não adianta fazer essa cara, vá dormir que está tarde, bambino...
— Va bene, buona notte nonna — digo vencido.
— Buona notte bambino.
Antes de voltar ao quarto, vou a cozinha tomar uma água. Quando estou saindo me deparo com meu pai.
— Pai...
— Ainda acordado?
— Sim, mas já estava indo dormir — quando estou saindo, ele me chama.
— Figlio, eu quero que seja feliz.
Vou até ele e lhe dou um abraço. Confesso que eu estava precisando disso.
— Obrigado, pai.
— Tenha paciência com sua mãe, logo ela cai em si — diz ainda abraçado a mim. Aceno que sim quando me afasto e saio sem dizer mais nada.
Já no quarto, me deito e tento dormir, mas só consigo quando é alta madrugada e logo estou sendo acordado por um Mateo todo agitado.
—