Sara molhou o rosto, o pescoço e os pulsos, depois, ainda se sentindo zonza, apoio as mãos na pia, fitando no espelho oval seu rosto lívido.
Por pouco pensou que desmaiaria. Deveria ter se alimentado direito durante a manhã, mas o estresse tirou seu apetite.
Pronta para enfrentar a ira de Tatiana, virou, dando-se conta só naquele momento que não estava sozinha no pequeno banheiro.
Encostado na porta fechada, de braços cruzados, Rodrigo a observava como um leão prestes a atacar sua vítima.
Desviou o olhar e forçou as pernas a seguirem em frente.
— Com licença — pediu olhando para um ponto entre o queixo e o pescoço dele.
— Até que me ouça, não sairemos daqui.
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Os nós dos dedos esbranquiçaram, tamanha a pressão exercida em volta do volante.
Apesar de Robson declarar que Sara e Rodrigo se divorciariam, o automóvel do Montenegro parado a poucos metros de onde estava, e a determinação do ex-noivo em declarar amar a esposa, deixavam claro que ele não desistiria do casamento. Pelo