Tatiana moveu o olhar das costas do Montenegro para fixa-lo no rosto pálido da afilhada.
— Foi impressão ou o Montenegro estava chorando?
Sara saiu do banheiro esfregava as mãos nos braços, esperando aquecer-se, colocar fim a angústia que a envolvia.
— Foi tudo tão confuso...
— Sara, essa situação está fora de controle — Tatiana declarou, acrescentando com autoridade: — Se ama seu marido, e ele claramente te ama, não existe razão para que continuem brigados e separados.
— É complicado... — murmurou angustiada. — Não quero destruir a vida dele mais do que já fiz.
— Destruirá a vida dos dois se persistir em ignorar a oportunidade bem na sua frente — Tatiana alertou. — Volte para sua casa e para seu marido. Logo terão um bebê para mimar e esquecer, de vez e de forma correta, o início conturbado que tiveram.
— Acha mesmo?
— Claro, querida! Não importa o que ambos fizeram, é passado, no presente, entre erros e acertos vocês se amam e formarão uma família em breve. — Sorrindo, pousou