Sara retornou ao apartamento de sua madrinha, sendo recepcionada por Jerson.
Ele estava no sofá da sala, com o notebook no colo, mas levantou para ajudá-la a carregar a enorme mala até o quarto.
— Seu marido te procurou — ele contou. — Pediu que telefonasse para ele e avisou que voltará mais tarde.
Sara sentou na beira da cama sem dizer nada. Não telefonaria e preferia só voltar a ver o marido quando assinassem o divórcio.
— Tati se preocupou por você ter saído sem comer. Exigiu que se alimente corretamente.
— Estou bem — mentiu. — E não tenho fome. — “Não sinto nada”, queria acrescentar, mas se limitou a olhar para as mãos fechadas sobre as coxas.
— Deveria comer mesmo sem fome, no seu estado... — Jerson se calou ao notar as lágrimas descendo velozes pela face pálida. Ficou sem ação. Não sabia o que fazer ou dizer. — Vocês irão se acertar — garantiu para animá-la.
O resultado foi Sara tremer e entregar-se de vez ao choro.
~*~
Tatiana comunicou às enfermeiras que Sara ficaria