- E se eu reprovar? Ainda assim ganharei meus beijos?
- Todos eles... Nenhum a menos. Mas sei que vai conseguir.
Suspirei:
- Pelo menos estou “limpa”... Sem drogas.
Pedro gargalhou:
- Não teve drogas nenhuma das vezes, sua doida. Era só melissa.
Pus as mãos em torno da nuca dele e iria puxá-lo para um beijo quando o meu instrutor chamou:
- Clara, você vem ou não?
Suspirei e fui. Eu era a aluna última a fazer o exame de direção.
Praticamente já sabia como funcionava tudo. Assim como tinha certeza de que o avaliador não era o mesmo. Aliás, não repetiu em nenhuma delas.
Pus o cinto de segurança, já que aquilo havia aprendido para sempre. E mais uma vez mal saí da garagem e “morri” na baliza.
Quando saí do carro não bati a porta, não gritei enfurecida com o avaliador e sequer briguei com o instrutor.
Avistei Pedro e fui calmamente na sua direção.
- E então? – Ele perguntou, ansioso.
- Adivinha?
- Passou?
- Não.
Ele riu:
- É... Brincadeira, não é mesmo?
- Acha que eu estaria brincando? Ach