Patrick havia dito que a praia era segura e tinha toda uma infraestrutura para os condôminos. Eu não observei nada do que ele mencionou. Não tinha sequer lâmpadas.
Levantei a perna, tentando fazer com que a lua iluminasse meu pé. O máximo que consegui foi ver um pedaço de pele solta, que retirei com força, gritando de dor.
Observei o sangue na minha mão e descansei a perna numa das rochas, preocupada em como voltaria embora.
Até que vi um homem vindo na minha direção, com uma prancha debaixo do braço. A silhueta era perfeita e não pude deixar de admirá-lo. Suspirei, imaginando que fosse um devaneio da minha cabeça.
- Está tudo bem com você? Ouvi seu grito.
Olhei na sua direção, percebendo que ele realmente estava ali.
- De onde você surgiu? – Perguntei, confusa.
Ele riu:
- Eu estava no mar... Surfando.
- E... Ouviu meu grito?
- Sim... Foi bem alto. – Riu novamente.
Embora a única claridade fosse praticamente uma lua a milhares de quilômetros de distância de nós, dava para ver o quanto