♡ Bianca ♡
Tensa com o novo dia de trabalho, sigo Lucky no elevador da Hart Enterprises, segurando minha pasta contra o peito como um escudo, quando as portas começam a se fechar. Um segundo antes de selarem nosso isolamento, uma mão com unhas perfeitamente esmaltadas de vermelho interrompe o movimento.
Jéssica.
Seu sorriso é tão falso quanto os cílios postiços que batem como asas de borboleta quando pisca.
— Que coincidência! — Ela entra no elevador, o perfume doce e enjoativo dela invadindo o espaço como uma névoa tóxica. — Queria mesmo falar com você, irmã. — Os olhos dela caem em Lucky ao cumprimenta-lo doce como melado.
Lucky apenas inclina a cabeça em reconhecimento. Eu me endireito, sentindo cada músculo do meu corpo ficar tenso.
— Os pais querem jantar com você hoje — ela me comunica como se estivesse marcando uma reunião de negócios. — E não aceitam negativas. Sabe como a mãe fica quando é contrariada.
Meus dedos apertam a pasta. Marta Malocchio não aceita "não" como resposta