Descemos as escadas estreitas da pousada, encontrando dona Marta nos esperando no térreo com um sorriso maternal. Sorriso que ampliou quando Lucky perguntou por lugares próximos para jantarmos.
— Ah, meus jovens, meu primo Rui tem um boteco na esquina. Prepara uma moqueca deliciosa que derrete na boca!
— Perfetto.
A palavra, carregada de sotaque, rolou em sua língua como algo íntimo, fazendo dona Marta corar como uma garota.
O ar noturno estava quente ao sairmos. Caminhamos lado a lado, nossos braços quase se tocando.
— Nem perguntou que tipo de lugar é — cutuquei, tentando ignorar a proximidade.
— Gosto de surpresas.
— Diz o homem acostumado com restaurantes Michelin.
— Sabe que também gosto de comida caseira — ele destacou seu corpo encostando-se ao meu desviramos de um grupo de pessoas. —Minha mãe me ensinou a cozinh