– Pode ir, JP. Já está tarde. Daqui a pouco vamos falir só de hora extra. – Comentei porque no fundo não queria que JP estivesse ali quando eu tivesse certeza que meu pai tinha feito algo de errado.
– Até parece. – Ele bufou. – Você tem certeza? Eu posso ficar, nem precisa me pagar.
– JP, que isso. Até parece, digo eu. Você sabe que não é por isso. – Ele sabia que era porque no fundo eu me sentia muito envergonhado.
– Tudo bem. Mas você também deveria ir. Não tem uma festa com sua namorada? – Disse ele se referindo à festa de Rafael.
– Tem. – Coloquei minha mão na testa ao me lembrar disso. – Você quer vir?
– Não mesmo.
– Por quê? – Ri fraco de sua expressão. – Vocês não tinham resolvido isso?
– Sim, mas não vamos exagerar, não é? Mas vai você e se divirta um pouco. Você está parecendo um morto, de verdade. Precisa descansar. – Como confirmação esfreguei um pouco meus olhos, sentindo talvez pela primeira vez como que por baixo de toda a agitação eu estava exausto.
– Ok.
Chegu