POV JOREL
O banheiro estava fechado há exatos 180 segundos. Eu sentia o suor escorrer pela nuca como se estivesse derretendo, mesmo com o condicionador de ar do quarto ligado.
Olhei para minha mão, que começava a inchar rapidamente.
Porra, porra, porra!
Meus dedos da mão esquerda tilintavam no braço da poltrona, tão rápidos e descompassados quanto meu cérebro, que parece que nunca se movimentou de forma tão rápida, nem com cocaína.
Se desse positivo, Isabelle iria me matar.
Se desse positivo, minha noiva iria me esfaquear.
Se desse positivo, Gabe me transformaria num ser que só respiraria, mas não viveria. Me humilharia e faria pagar por aquilo até o final dos meus dias.
Se desse positivo, a droga da minha vida que estava se ajeitando ficaria mil vezes pior.
Caralho... eu transei com Isabelle sem camisinha! Ou pior, “eu transei com a Isabelle”... duas vezes.
A voz dela ecoou detrás da porta:
- Espero que você não esteja aí ainda!
- Não estou! – garanti, gemendo de dor, porque meu grit