Um breve silêncio se fez entre nós. Isabelle o quebrou:
- Brincavam de esconde-esconde?
Ri:
- Acha que meus pais sabiam o que era isto? Eu... sei o que é... mas nunca brinquei – confessei.
- Mas você disse que se escondia deles. – Franziu a testa.
- Escondia-me para que dessem a minha falta. – Me ouvi confessando em voz alta o que nunca tive coragem de admitir para mim mesmo.
Ouvi a respiração de Isa acelerar e meu coração bateu mais forte. Eu estava chegando num ponto que me deixava muito vulnerável. E era melhor mudar de assunto. Eu não queria pena. Nunca me dei ao direito de ter pena de mim mesmo e aquilo vindo de outra pessoa me parecia que seria ainda pior.
Tentei levantar, mas senti dor. E novamente me remeti ao passado, quando quebrei a clavícula, ali mesmo naquela propriedade. Ficamos por duas semanas. E só me levaram ao m&eacut