(Larissa)
A sala de espera estava silenciosa, quase vazia àquela hora. Algumas luzes estavam mais baixas, e o ar-condicionado fazia minha pele arrepiar. Cruzei os braços e puxei o moletom para mais perto do corpo, tentando me aquecer um pouco mais.
O banho rápido que tomei antes de voltar me ajudou a clarear a mente, mas não tirou aquele nó no estômago que insistia em ficar.
Eu não sabia explicar o que estava sentindo.
Cansaço? Sim. Raiva? Um pouco. Medo? Provavelmente mais do que queria admitir.
Mas no fundo, o que mais me incomodava era a ansiedade de não poder fazer nada. Só esperar. Esperar por notícias do meu filho. Esperar para entender o que fazer com Alessandro. Esperar para não surtar de vez.
Ao meu lado, Diogo mexia no celular, deslizando o dedo pela tela de forma distraída. Ele sempre teve esse jeito calmo, quase zen, como se nada fosse capaz de abalar de verdade o equilíbrio dele. Mas eu conhecia bem o olhar dele. Por trás daquela tranquilidade toda, ele estava tenso. Pre