(Larissa)
Eu suspirei, sentindo a tensão se acumular nas têmporas enquanto massageava a lateral da cabeça. A dor estava piorando, provavelmente pelo tempo que eu já passava encarando a tela do computador e tudo o que vem acontecendo.
Fechei os olhos por alguns segundos e respirei fundo, tentando afastar o incômodo.
O som do celular vibrando sobre a mesa me fez abrir os olhos. Peguei o aparelho sem pressa, mas meu coração deu um pequeno salto ao ver que era o número do meu pai.
— Pai? - atendi rapidamente, esperando ouvir sua voz.
Mas não era ele.
— Senhora Larissa? - uma voz masculina, formal, respondeu do outro lado da linha. — Seu pai está internado e precisamos que alguém o acompanhe. Ele pediu para chamá-la.
Minha respiração travou.
— Internado? Mas... ele já estava bem melhor! O que aconteceu?
— Ele precisou passar por uma cirurgia - o homem explicou. — Vai precisar ficar internado por três dias e precisa de um acompanhante.
Meu coração disparou. Eu sabia que meu pai ainda não e