O sorriso de Gabriela diminuiu um pouco. Ela retirou o dedo da mão de Rafael e, com um tom tranquilo, o lembrou:
— Bigamia é crime. Você quer me ver presa?
A expectativa no rosto de Guilherme congelou instantaneamente. Uma expressão de leve mágoa atravessou seu rosto.
Geraldo observou os dois em silêncio, seu olhar alternando entre eles. Ele já havia entendido o que se passava no coração de Gabriela. Com sua habitual generosidade, ele se levantou, pegou Nanda pela mão e disse:
— Vou deixar vocês conversarem.
Pouco depois, Geraldo voltou com uma manta e a colocou sobre os ombros de Gabriela. Ele se inclinou um pouco e, em voz baixa, disse:
— Não fique conversando até muito tarde. Está frio lá fora.
Ele deu um leve tapinha no ombro dela.
Gabriela levantou a mão e deu um tapinha de volta na mão dele, indicando que havia entendido. A interação entre eles era tão natural e íntima que parecia a de um casal com muitos anos de convivência.
Aquilo era exatamente o tipo de vida pacífica que Guil