Capítulo 12
Gabriela também se apresentou educadamente:

— Eu me chamo Gabriela Dias.

Geraldo olhou na direção do cavalete que estava atrás dela e perguntou:

— Você é pintora?

Era a primeira vez que alguém a chamava assim. Gabriela sorriu, abanando as mãos com rapidez:

— Não, nada disso. Eu era designer de joias, mas agora pinto só para passar o tempo.

Geraldo abriu a boca, parecendo querer dizer algo mais, mas foi interrompido por uma senhora que vinha correndo em sua direção. Ela gritava, visivelmente aflita:

— Aconteceu uma tragédia! Aconteceu uma tragédia! A avó da Nanda foi atropelada!

Gabriela e Geraldo trocaram um olhar alarmado, mas, ao mesmo tempo, ambos concordaram silenciosamente que seria melhor não contar nada a Nanda por enquanto.

— Eu vou até lá. Fique aqui e tente distrair a Nanda. — Disse Geraldo, em um tom firme e decidido.

Ele deu um passo largo e saiu apressado.

Gabriela ficou inquieta, tentando manter a calma enquanto cuidava de Nanda. A tensão parecia aumentar conforme o tempo
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