Gabriela também se apresentou educadamente:
— Eu me chamo Gabriela Dias.
Geraldo olhou na direção do cavalete que estava atrás dela e perguntou:
— Você é pintora?
Era a primeira vez que alguém a chamava assim. Gabriela sorriu, abanando as mãos com rapidez:
— Não, nada disso. Eu era designer de joias, mas agora pinto só para passar o tempo.
Geraldo abriu a boca, parecendo querer dizer algo mais, mas foi interrompido por uma senhora que vinha correndo em sua direção. Ela gritava, visivelmente aflita:
— Aconteceu uma tragédia! Aconteceu uma tragédia! A avó da Nanda foi atropelada!
Gabriela e Geraldo trocaram um olhar alarmado, mas, ao mesmo tempo, ambos concordaram silenciosamente que seria melhor não contar nada a Nanda por enquanto.
— Eu vou até lá. Fique aqui e tente distrair a Nanda. — Disse Geraldo, em um tom firme e decidido.
Ele deu um passo largo e saiu apressado.
Gabriela ficou inquieta, tentando manter a calma enquanto cuidava de Nanda. A tensão parecia aumentar conforme o tempo