Gabriela descia a montanha com o quadro nas costas, cumprimentando as senhoras que cruzavam seu caminho.
O ar fresco das montanhas parecia ter um efeito revigorante nela. Era como se os ferimentos internos dela estivessem cicatrizando mais rápido ali.
Ela tinha pensado em comprar um celular e um novo chip quando chegou, mas logo percebeu que não seria necessário. O sinal na região era fraco, quase inexistente, e, de qualquer forma, ela não tinha ninguém com quem precisasse entrar em contato. Com o tempo, simplesmente esqueceu do assunto.
Assim que chegou à sua pequena casa, Gabriela viu uma silhueta tímida espiando pela porta.
— Nanda, você de novo?
Gabriela sorriu enquanto entregava à menina algumas frutas silvestres que havia trazido da montanha.
Nanda pegou as frutas com cuidado, sorrindo timidamente, e perguntou, quase sussurrando:
— Hoje eu posso ficar na sua casa?
— Claro que pode.
Com a permissão, Nanda abriu um sorriso radiante. Sua timidez deu lugar a um brilho alegre.
Nanda P