Capítulo 11
Gabriela descia a montanha com o quadro nas costas, cumprimentando as senhoras que cruzavam seu caminho.

O ar fresco das montanhas parecia ter um efeito revigorante nela. Era como se os ferimentos internos dela estivessem cicatrizando mais rápido ali.

Ela tinha pensado em comprar um celular e um novo chip quando chegou, mas logo percebeu que não seria necessário. O sinal na região era fraco, quase inexistente, e, de qualquer forma, ela não tinha ninguém com quem precisasse entrar em contato. Com o tempo, simplesmente esqueceu do assunto.

Assim que chegou à sua pequena casa, Gabriela viu uma silhueta tímida espiando pela porta.

— Nanda, você de novo?

Gabriela sorriu enquanto entregava à menina algumas frutas silvestres que havia trazido da montanha.

Nanda pegou as frutas com cuidado, sorrindo timidamente, e perguntou, quase sussurrando:

— Hoje eu posso ficar na sua casa?

— Claro que pode.

Com a permissão, Nanda abriu um sorriso radiante. Sua timidez deu lugar a um brilho alegre.

Nanda P
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