Thiago deu uma olhada de soslaio em Rodrigo, viu que ele estava de olhos fechados, aparentemente dormindo, e voltou a prestar atenção na estrada.
Beatriz começou a sentir frio por causa do ar-condicionado. Ela estava com pouca roupa, e a pele já começava a arrepiar.
Esfregou os braços, tentando se aquecer, e percebeu que o tomara-que-caia estava escorregando. Tentou ajustá-lo, mas os seios grandes sempre davam trabalho.
— O ar tá muito gelado.
Aquela voz grave, ainda rouca de sono, soou de repente, num tom meio preguiçoso.
Thiago levantou as sobrancelhas e ajustou a temperatura do ar-condicionado. Pra ele e Rodrigo, estava quente, mas fazer o quê?
Ele olhou pelo retrovisor, tentando decifrar a expressão de Rodrigo, mas o rosto dele não mostrava nada.
Beatriz virou o rosto na direção do homem ao lado, que coincidentemente estava olhando para ela também. Os olhos dele, profundos e indiferentes, a analisaram sem pressa, passando pelo rosto, corpo e pernas dela. Sentindo o olhar invas