O escritório estava um breu.
As cortinas fechadas, nem um raio de sol entrava.
Beatriz entrou com o café na mão.
Deu de cara com aquela escuridão toda.
— E aí, Beatriz, como é que eu devo dar um jeito naquela Ana?
A voz do cara estava gelada.
Beatriz congelou por um momento antes de acender a luz. Seus olhos se adaptaram à claridade e, ao focar no homem sentado no sofá, ela o encontrou com as pernas bem abertas, numa postura desleixada e ao mesmo tempo autoritária, com um olhar sombrio.
Beatriz não se intimidou: — Os exames nem saíram ainda.
Beatriz caminhou até ele, colocando a xícara de café na mesa. Ela sabia muito bem que Aaron não deixaria a mulher que o enganou escapar facilmente.
Olha só o vacilo: mentiu que era solteira.
E ainda por cima, o namorado estava com DST.
Aaron estava puto.
Se isso viesse a público, ele perderia toda a reputação.
Ele levantou o olhar para Beatriz, que permaneceu em pé na frente dele, aguardando. Aaron pegou o isqueiro, tentou acender várias vezes e