Depois que Rodrigo terminou de falar sobre Vera, Beatriz olhou as horas no celular. Já estava tarde. Ela enfiou as mãos nos bolsos, meio impaciente, e disse: — Boa noite, amanhã tenho que trabalhar.
E saiu rapitamente.
Rodrigo ficou sozinho no banco, suspirando de frustração. Ele pensava: Ué, não era para ela tê-lo chamado para subir? Para dormirem juntinhos, se beijarem e irem direto para a cama?
Ele secou Beatriz enquanto ela se afastava, toda gostosa, e então percebeu o motivo. A ficha caiu: ela estava com ciúmes.
Na manhã seguinte, o tempo estava ótimo. Beatriz decidiu ir trabalhar de scooter elétrica. Antes de sair, deu uma batida na porta da Laura.
Laura abriu, toda descabelada, e disse: — Capricorniana, hoje a grana vai rolar solta, o trampo vai ser sucesso. Quem sabe até pinta uma promoção.
Beatriz deu uma risada e respondeu: — Beleza. Lembra de comer algo, tá? Tô indo nessa.
Laura assentiu, fechou a porta e voltou para a cama.
Beatriz, já com o capacete na mão, trocou os sapat