Era final de outono. O tempo já estava esfriando, e as noites eram tão geladas quanto o inverno. Ao ouvirem as palavras de Lorena, os curiosos que se aglomeravam ao redor começaram a comentar:
— Esse rapaz está doente, coitado. Que garota cruel!
— Não julgue sem saber. Ninguém sabe o que aconteceu entre eles...
Como as pessoas disseram, Murilo realmente estava doente. A caminho do hospital, ele começou a ter febre baixa e, agora, sentia-se cada vez pior.
O vento frio soprou, fazendo-o tossir algumas vezes. Seu rosto ficou ainda mais pálido enquanto Murilo perguntava, com a voz trêmula:
— Lorena, você está falando sério?
— Acredite no que quiser. — Respondeu ela, com frieza.
Murilo apertou os punhos, forçando um sorriso:
— Se é isso que você quer, então eu vou pular!
Sem hesitar, ele correu em direção ao lago artificial.
— Meu Deus! Ele vai mesmo pular!
— Alguém segura ele, vai acabar em tragédia!
Os curiosos ficaram apavorados com a cena, mas, apesar dos gritos, poucos tiveram coragem