A porta da sala foi empurrada com força, e Murilo entrou como uma tempestade. Num gesto agressivo, ele arrancou o pingente de cruz da bolsa de Lorena e o jogou no chão.
Lorena o empurrou imediatamente, com os olhos cheios de irritação:
— Você perdeu o juízo? O que está tentando provar? Isso não é da sua conta!
Sem esperar resposta, Lorena abaixou-se, pegando o pingente e o limpou com cuidado. Depois, virou-se para Leo e pediu desculpas.
Murilo, com os olhos avermelhados, parecia à beira de um colapso:
— Então agora você vai aceitá-lo? Vai me fazer passar por isso? Por que não pode me dar uma chance?
Lorena revirou os olhos com desprezo:
— Vá procurar um psiquiatra. Só isso pode te ajudar.
Murilo começou a tremer de raiva. Ele virou-se para Leo com um olhar furioso e ameaçador:
— Ela é minha. Está ouvindo? Minha! Nem pense em se meter!
Leo franziu o cenho, mas manteve a calma:
— Murilo, Lorena não é um objeto. Ela é uma pessoa. Não existe isso de “pertencer a alguém”. Se você realmente