Arthur voltou para casa de madrugada, parou na porta do meu quarto e ficou um tempo pensativo, depois seguiu pelo corredor. Não demorou a dormir, pois havia bebido um pouquinho a mais que de costume.
No dia seguinte, nos encontramos no café da manhã. Eu acordei cedo. Logo que sentou-se, Arthur comentou preocupado:
— Hoje tenho muito trabalho! Sem o meu pai, embola um pouco o meio de campo!
— E o meu pai? Não ajuda?
— Isso é o que vamos ver!
— Parece que ele anda com medo de ser deixado pela minha mãe. Depois de tudo o que aprontou, não é para menos!
Quando Arthur ia saindo, eu lhe perguntei, fazendo-o parar e vira-se surpreso:
— É amanhã que o seu pai chega?
— Sim, por quê? Está ansiosa?
Eu fiquei sem jeito e me remexi na cadeira.
— Você sabe que preciso ter uma conversa séria com ele.
Arthur ficou desconfiado.
— Faça como desejar, só espero não vê-la chorar por ele.
Eu desviei o olhar para o meu prato e Arthur se