Minha mãe nem se importou com a minha expressão:” inclusive o seu marido”. Para ela, isso era só um detalhe!
  — Por que acha que pode ser um Martins? Ele estava de máscara, não estava?
  Eu suspirei nervosa.
  — Só me lembro que ele tinha uma tatuagem. Todos os Martins a tem.
  Minha mãe se agachou para esvaziar uma gaveta de baixo.
  — Tomara que seja o seu marido!
  — Ou o Arthur!
  Minha mãe levantou-se trazendo as roupas junto ao corpo.
  — Queria que fosse ele?
  Eu fiquei impaciente e saí da frente dela.
  — Queria que fosse o Romeu, mas nem sei se ele merece ser pai desse filho!
  — Você o ama, não é?— minha mãe estava atenta.
  — Isso não importa!— eu respondi jogando a mala sobre o leito.
  Dona Marlene ficou pensativa e voltou a esvaziar outra gaveta de baixo. Eu a olhei ofegante. Era sempre assim. Falar desse amor me deixava tão desconcertada!
  Enfim conseguimos arrumar tudo e com a ajuda de dois seguranças, logo tudo estava lá embaixo esperando o carro que Romeu mandou