— Foi só uma vez — eu respondi ofegante.
— Mas nessa única vez não foi tão bom assim, foi?— ele insistiu.
Eu fiquei sentindo os movimentos dele por um breve momento para então responder com dificuldade:
— Não sei, eu não me lembro.
Ele se afastou um pouco para me olhar e sorriu satisfeito.
— Eu faço gostoso, não faço?
Eu assenti, sentindo o desejo aumentar.
— Eu só faço gostoso assim com você, sabia?
— Mentiroso!— Foi automático.
Eu imaginava Romeu seduzindo as mulheres com uma destreza tão grande, que me assustava.
— Você o ama?— ele quis saber.
Eu fiquei olhando-o seriamente por um tempo.
— Eu sou sua esposa agora, é isso o que importa.
— Você é todinha minha, não é Juliette?
Eu quase ri. Cadê o homem falso moralista que se sentia mais velho e que até podia ser meu pai? Ele estava se esbaldando ali, malicioso, sedutor, maravilhoso.
— Eu sou, Romeu, eu sou! Eu sou toda sua!— eu admiti.
Era verdade, apesar daquele mascarado ainda surgi nos meus so