Eu saí do meu quarto com os cabelos ainda úmidos, passei pela porta do quarto do Romeu e diminui o passo, esperando que ele, de repente, fosse saindo e pudéssemos descer juntos, mas isso não aconteceu, ele na verdade, já estava na mesa de jantar com o filho, me esperando.
Dessa vez, ele se adiantou, não dando chance para Arthur puxar a cadeira para mim.
Meu enteado não disfarçou o desagrado e soltou gotas de veneno, enquanto eu me sentava:
— Está ficando difícil tomar banho sozinha? Precisa sempre de ajuda, ou foi só hoje?
Fiquei sem jeito e engoli em seco. Romeu tentou amenizar explicando o ocorrido do qual eu não tinha ciência:
— Ele me viu só de toalha no corredor, mas eu já lhe expliquei, que fui ajudá-la e acabei me molhando inteiro!
Mas Artur insistiu em ser indiscreto.
— Eu insisto na pergunta, Juliette, você já chegou ao ponto de precisar de ajuda com o banho?
Nesse momento, Januária vinha da cozinha e me salvou:
— Eu acompanho