7. Não me chame de meu amor.
– Marido e mulher? – Rayna repete debilmente como se estivesse experimentando as palavras em sua própria boca. – Não, ele não pode estar falando em casamento, a instituição do matrimônio e todas essas coisas. Isso não existe na minha vida e nunca vai existir.
Será que ela sabe que está balbuciando e que estou ouvindo tudo? Acho que não.
– Sim. Casamento. Viver a dois, felizes para sempre. Isso parece familiar? – cruzo as pernas e ela olha para mim ainda mais atônita.
Adoro ver essa expressão no rosto das pessoas, elas fazem isso também quando estão prestes a serem torturadas.
– Casa…mento – ela diz devagar e pausadamente. Então se levanta com pressa e bate na mesa, me assustando. – Não! De jeito nenhum! Não posso me casar!
– Não pode? – questiono com uma sobrancelha arqueada. – Acaso já é casada? Está noiva ou algo assim?
Não pensei nessa opção e isso me preocupa. Será que vou ter que me livrar de algum homem inconveniente? Eu realmente não gostaria de machucar ninguém além de quem me