A música começa suave, romântica, daquelas que dá vontade de suspirar mesmo sem querer. Luzes baixas, os convidados em volta, celulares em mãos, olhos brilhando. O salão parece ter parado no tempo. E no centro disso tudo… Adrian e Mayla.

Ela dá um passo, ele estende a mão. Toque leve, mas firme. Aquela encenação ensaiada só uma vez, finalmente vai ao ar. Ele sorri. Não de verdade, mas é convincente. Mayla retribui com um olhar doce, quase carinhoso, e quem vê jura que ela tá encantada. Só que por dentro, os dois querem se matar.

Ele segura sua cintura e da um leve aperto. Ela encosta a mão no ombro dele e aperta também, só que com mais força que o aperto dele. Ele segura na mão dela com firmeza, e junto dão meio giro na pista de dança.

Parece até que um vai pisar no pé do outro, mas, mesmo sem olhar para baixo, os passos são totalmente sincronizados. Adrian desliza a mão dele nas costas da Mayla, lembrando da cena da noite anterior, quando ele a tocou sem usar nada.

Mayla sente um arr