Depois que deixou Mía em sua casa, Franklin voltou à empresa, precisava ver se já haviam limpado a bagunça, e também precisava contratar outra secretária.

Quando entrou no escritório,já estava tudo limpo, porém, a primeira imagem que lhe veio à mente foi Mía, usando apenas um sutiã de renda, enquanto prestava os primeiros socorros à Elizabeth. 

Ele não havia sido rude com a moça sem motivo, ela procurou por isso quando entrou em seu escritório oferecendo-se de bandeja. Franklin odiava aquilo, as mulheres se jogando sobre ele, praticamente implorando sua atenção. Ele detestava mulheres assim, as evitava totalmente. O que acontecia com uma frequência irritante. Mas, apesar de não gostar das mulheres oferecidas, sentiu-se incomodado com o comportamento arredio de Mía, que além de tratá-lo como um qualquer, ainda havia lhe dado ordens dentro do seu escritório, sorriu lembrando-se da petulância da garota. Sabia que era só questão de tempo para que ela se rendesse aos seus encantos.

Claro que não pretendia ter nada sério com ela, apenas queria usufruir daquele corpo perfeito, depois que enjoasse lhe deixaria. 

Não se considerava uma má pessoa. Apenas não queria um relacionamento sério ainda, estava com apenas vinte e oito anos, deixava isso claro quando se envolvia com alguém, mas as mulheres tinham uma mania chata de achar que ele se casaria com elas depois de fazer sexo.

Também havia Sheyla, a herdeira dos Fowler, uma mulher deslumbrante, mas muito superficial e vulgar. Como eram amigos desde criança, todos pensavam que seria natural que casassem e juntassem as fortunas dos Carther e dos Fowler.

Sheyla queria isso, especialmente depois de ter dormido com ele algumas vezes. Franklin não podia lhe tirar as esperanças, pois muitos dos seus negócios dependiam do pai de Sheyla, Paul.

Tentou se concentrar no trabalho no restante do dia, mas a imagem de Mía não saía da sua cabeça. Arrependeu-se de não ter pedido seu telefone, mas tinha certeza que logo ela entraria em contato, já que havia ficado com seu cartão.

Ligou para Sheyla, queria se divertir essa noite, claro que a garota aceitou imediatamente, como sempre acontecia. 

Mas desta vez foi diferente, Franklin não conseguiu se concentrar no que ela dizia, e na hora do sexo, era a imagem de Mía que estava em sua mente.

Sheyla notou que algo havia mudado, sentiu que Franklin estava alheio, com o pensamento longe, foi ótimo na cama, como sempre, porém, parecia que não estava ali.

Ponderou se podia ser outra mulher. Sheyla não era nenhuma garotinha boba, tinha plena consciência que Franklin não a amava, mas isso não importava tanto assim, pois sabia que ele acabaria sendo forçado a casar com ela, por pressão das duas famílias.

Mas, mesmo assim, não gostava nem um pouco da idéia de Franklin estar com outra garota na cabeça, apesar de achar difícil que isso acontecesse, já que ele nunca tinha se envolvido mais profundamente com nenhuma mulher.

Franklin não entendia o que estava acontecendo, se pegou olhando constantemente o celular, na esperança de uma mensagem de Mía, isso de forma alguma era normal.

Passaram três dias e nada da ligação, ele não podia acreditar que realmente seu charme não tinha funcionado com aquela mulher, ao contrário, parecia que era ela que o havia enfeitiçado. 

Foi então que lembrou que seu paletó havia ficado com ela, pensou que podia ser a desculpa perfeita para procurá-la.

Mas quem estava tentando enganar? Mía sabia que ele tinha dinheiro para comprar milhares de ternos, teria que esperar até segunda-feira para vê-la. Provavelmente ela havia perdido seu cartão, visto que nenhuma mulher jamais o ignorou, e todas imploravam para ter seu telefone.